Anvisa autoriza estudo sobre dose de reforço da Pfizer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta-feira (18) o estudo clínico para testar uma possível dose de reforço da vacina Cominaryt, da Pfizer. 

Será um estudo clínico para que o laboratório possa avaliar a segurança, a capacidade de dar uma resposta imune e a eficácia de várias estratégias de reforço da vacina em diferentes populações de participantes, como por exemplo, grupos etários, que receberam previamente 2 doses da vacina no estudo inicial.

O estudo pretende recrutar 443 participantes no centro clínico do Hospital Santo Antônio da Associação Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador (BA) e 442 participantes no CEPIC – Centro Paulista de Investigação Clínica e Serviços Médicos, em São Paulo (SP).

Serão incluídos participantes a partir dos 16 anos de idade que tomaram as duas doses da vacina da Pfizer (BNT162b2) há pelo menos 6 meses, no estudo inicial do imunizante.

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Covid-19: Brasil acumula 498,4 mil mortes e 17,8 milhões de infectados

A quantidade de pessoas que perderam a vida para a covid-19 desde o início da pandemia chegou hoje a 498.499. Em 24 horas, foram registradas 2.495 novas mortes por covid-19. 

Ainda há 3.748 óbitos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

A soma de pessoas que pegaram a covid-19 desde o início da pandemia chegou a 17.801.462. Entre ontem e hoje, foram confirmados pelas autoridades de saúde 98.832 novos diagnósticos positivos da covid-19.

Foi a segunda maior marca diária da pandemia, perdendo apenas para o dia 25 de março, quando foram registrados 100.158 novos casos. O país tem ainda 1.165.995 casos ativos, em acompanhamento.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta sexta-feira (18). O balanço é produzido a partir das informações sobre casos e mortes recolhidas pelas secretarias estaduais de saúde.

O número de pessoas que pegaram covid-19 mas se recuperaram desde o início da pandemia subiu para 16.136.968. Isso corresponde a 90,6% do total dos infectados pelo vírus.

boletim_covid_18jun
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boletim_covid_18jun – 18/06/2021/Divulgação/Ministério da Saúde

Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (121.238). Em seguida vêm Rio de Janeiro (53.923), Minas Gerais (44.068), Rio Grande do Sul (30.276) e Paraná (29.674). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.700), Acre (1.728), Amapá (1.792), Tocantins (3.072) e Alagoas (5.094).

Vacinação

Até o momento, foram enviadas a estados e municípios 115,1 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 79,7 milhões de doses, sendo 57,4 milhões da 1ª dose e 22,2 milhões da 2ª dose.

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Vacinação de covid evita 43 mil mortes de idosos em 13 semanas no país

Pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) estimou que o avanço da vacinação contra a covid-19 é responsável pela prevenção de mais de 40 mil mortes de idosos em um intervalo de treze semanas no Brasil. Os dados, divulgados ontem (17), são de levantamento realizado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel, em parceria com a Universidade Harvard e o Ministério da Saúde.

Os cálculos revelaram que, se o número de mortes entre os mais idosos tivesse seguido a mesma tendência observada para os brasileiros mais jovens, seriam esperadas 70.015 mortes de pessoas de 80 anos ou mais. No entanto, foram registradas 37.401 mortes no período. Entre as pessoas de 70 a 79 anos, a expectativa de mortes era de 20.238 contra 13.838 registradas. Somando as estimativas para ambas as faixas etárias, foram evitadas as mortes de 43.082 idosos no país.

“Encontramos evidências de que, embora a disseminação da variante P.1 (gama) tenha levado ao aumento das mortes por covid-19 em todas as idades, a proporção de óbitos entre os idosos começou a cair rapidamente a partir da segunda quinzena de fevereiro de 2021. Até então, essa proporção tinha se mantido estável em torno de 25% a 30% desde o início da epidemia, mas se encontra agora abaixo de 13%”, disse o epidemiologista da UFPel e líder do estudo, Cesar Victora.

Ele acrescentou que as “análises de óbitos por outras causas mostram que o declínio proporcional entre os idosos é específico para as mortes por covid-19”. Os pesquisadores concluíram, portanto, que o avanço da campanha de vacinação contra a doença está associado às quedas progressivas na proporção de mortes de idosos pelo novo coronavírus no Brasil.

Victora avalia que a principal contribuição do levantamento é fornecer evidências sobre a efetividade do programa de vacinação no Brasil como um todo, em um cenário onde a variante gama atualmente predomina, confirmando os achados de estudos anteriores realizados em grupos populacionais mais restritos.

“Como o distanciamento social e uso de máscara estão sendo adotados de forma limitada na maior parte do país, o rápido aumento da vacinação permanece como a abordagem mais promissora para controlar a pandemia”, concluiu o pesquisador.

Detalhes do estudo

Para o levantamento, os pesquisadores analisaram as tendências de mortes por covid-19 e por outras causas não relacionadas ao novo coronavírus no período de 3 de janeiro a 27 de maio de 2021, com base em dados sobre óbitos e cobertura vacinal registrados pelo Ministério da Saúde. No período, o país registrou 238.414 mortes por covid-19 e 447.817 mortes por outras causas. 

Os resultados revelaram que número de mortes por covid-19 em todas as idades aumentou a partir do final de fevereiro em decorrência da rápida disseminação da variante gama para todo o país. 

Os níveis nacionais de cobertura com a primeira dose da vacina alcançaram metade dos idosos de 80 anos ou mais na primeira quinzena de fevereiro e passaram dos 80% na quinzena seguinte, com estabilidade em torno de 95% a partir de março.

Os pesquisadores observaram que, em paralelo, o percentual de mortes de idosos caiu de 28% do total de óbitos por covid-19, em janeiro, para 12%, em maio, com início de queda acentuada a partir da segunda metade de fevereiro. Enquanto a proporção de mortes nesse grupo por causas não relacionadas à covid-19 permaneceu estável em quase 30% no mesmo período.

Para a faixa etária de 70 a 79 anos, a cobertura vacinal com a primeira dose atingiu metade da população na última semana de março, alcançando 90% na primeira metade de maio. A proporção de mortes por covid-19 nesse grupo permaneceu em torno de 25% do total de mortes pela doença até a segunda semana de abril.

A partir daquele momento, essa proporção de mortes por covid-19 começou a diminuir de forma acentuada, chegando a 16% na última semana de maio. Entre esses idosos, a proporção de mortes por outras causas permaneceu estável em torno de 20%.

Ainda de acordo com o estudo da UFPel, a vacina CoronaVac representou 65,4% e a AstraZeneca/Oxford 29,8% de todas as doses administradas ao longo do mês de janeiro, enquanto as porcentagens foram de 36,5% para CoronaVac e 53,3% para AstraZeneca/Oxford no período entre meados de abril e metade de maio.

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Jessie J revela problema de saúde que a impede de cantar: ‘Tem sido difícil’

A cantora Jessie J revelou nesta sexta-feira, 18, que não está conseguindo cantar devido a um problema de saúde. Após postar um vídeo em aparece chorando ao cantar baixinho seu novo single música I Want Love, a artista britânica fez um relato falando que nos últimos meses descobriu que tem refluxo gástrico, que costuma causar sintomas como azia, soluços e voz rouca. Além disso, ela também está com nódulos vocais, que estão causando dor ao cantar. A artista explicou que não expôs o assunto antes porque “realmente acreditava que isso…

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Menos mortes de idosos por covid-19 indicam avanço de vacina

Se no primeiro ano da pandemia de covid-19 no Brasil, que começou em março de 2020, de 70% a 80% dos óbitos estavam concentrados entre pessoas com mais de 60 anos, em março deste ano os números começaram a mudar e as mortes de pessoas mais novas, até 59 anos, já passam da metade.

É o que mostram os dados do Portal da Transparência do Registro Civil, que agrupa as informações sobre o número de mortes por suspeita ou confirmação de covid-19. Os dados dos cartórios sobre a pandemia começam no dia 16 de março de 2020. O levantamento feito pela reportagem da Agência Brasil inclui as informações lançadas até o início da tarde de hoje (18).

O coordenador do sistema InfoGripe da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Gomes, explica que essa tendência de redução da idade dos óbitos é influenciada por dois fatores. O primeiro deles é o avanço da vacinação no país, que iniciou no fim de janeiro pelas pessoas mais velhas.

“Agora a gente já está, felizmente, com uma população acima de 70 anos com uma cobertura de segunda dose bastante expressiva, acima de 80 anos já temos 80% da população com a segunda dose e passados mais de 20 dias da imunização. Pessoas de 60 anos já estão com uma cobertura de primeira dose bastante significativa, mas de segunda dose ainda não. Mas como as pessoas de 70 anos ou mais eram uma parcela importante dos óbitos, já começa, felizmente, a surtir um efeito”, afirmou Gomes em entrevista à Agência Brasil.

O outro fator apontado por ele para a redução da faixa etária dos óbitos é a maior circulação das pessoas em idades mais ativas.

“A outra parte se explica porque, quando a gente teve aquela subida [de casos e óbitos por covid-19] fortíssima a partir de fevereiro, nessas fases de crescimento muito acelerado, é usual a gente observar um aumento proporcional, relativo, da população mais exposta, ou seja, a que circula mais, que é a mais jovem. Teve um efeito desse período de transmissão acelerada, que afeta a população mais ativa.”

O InfoGripe monitora os casos de internação por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e, desde o ano passado, o indicador contabiliza os casos de covid-19. Entre os pacientes testados e com resultado positivo para vírus respiratórios, 96,1% constataram SARS-CoV-2 em 2021. No ano passado, foram 98% dos casos positivos para o novo coronavírus.

Segundo Gomes, o indicador de transmissibilidade de vírus respiratórios, que entrou no boletim do grupo de pesquisa esta semana, aponta que o vírus causador da pandemia está com circulação extremamente elevada na maior parte do país, o que impacta nos óbitos de pessoas mais jovens.

“O vírus em si, por mais que tenhamos novas cepas circulando, não tem nenhum dado sólido que mostre maior letalidade ou maior agravamento para a população mais jovem. A gente tem algumas cepas que estão com indício de serem mais transmissíveis, mas não com uma diferença significativa em termos de público afetado, de gravidade. Então, se a gente está com número agora relativamente maior em pessoas mais jovens, parte disso é justamente porque o número de infecções realmente está em um patamar extremamente elevado, é uma consequência disso.”

Transmissão

O pesquisador considera que os níveis de transmissão estão “inaceitáveis” e afirma que a queda na contaminação e nos óbitos verificada depois de abril não deve servir de parâmetro para diminuir a vigilância contra a covid-19.

“Nós melhoramos em relação a março deste ano. Só que março não é um referencial, porque março foi um pico completamente catastrófico, era uma situação completamente fora de escala. Então, a gente saiu de uma situação completamente absurda, mas a gente ainda não chegou em uma situação que a gente possa considerar sequer razoável.”

Ele alerta que, mesmo com a vacinação avançando, ainda não é o momento de voltar à “vida normal”. Segundo o pesquisador, se as pessoas vacinadas não continuarem tomando cuidado, podem acabar mais expostas à doença do que quem ainda não se imunizou.

“Está muito claro que as vacinas ajudam enormemente, mas elas não são uma armadura perfeita, não é uma barreira completamente intransponível. A eficácia não é 100%, ela não evita que todas as pessoas vacinadas desenvolvam caso grave ou venham a óbito. Não. Algumas dessas pessoas vão precisar se hospitalizar e, eventualmente, vão vir a falecer, mas num percentual menor do que os não vacinados. Agora, não é porque se vacinou que vai passar a se descuidar, já que pode aumentar tanto a exposição que passa a ficar com mais risco do que o não vacinado, que está se cuidando. Daí inverte a eficácia, porque ela leva em conta também o nível de exposição”.

De acordo com Gomes, é necessário que a queda na transmissão do novo coronavírus se sustente por um período mais longo, até atingir níveis pré-pandemia, para que então sejam retiradas as medidas restritivas de circulação e segurança sanitária, como distanciamento social e uso de máscara.

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Pesquisa aponta aumento de casos de covid em 1.217 cidades esta semana

Pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a pandemia mostra que em 1.217 cidades houve aumento do número de casos de covid-19 nesta semana. O número corresponde a 33,9% das 3.591 prefeituras ouvidas na 13ª edição da pesquisa. 

Em 1.030 municípios (30,7%) a situação ficou estável. E em 669 (18,6%) foi apontado pelas administrações municipais a redução do número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus (covid-19). Entre as prefeituras consultadas, 602 não responderam à consulta. O maior índice de ampliação de casos ocorreu em municípios médios (34%).

Já quando analisados os óbitos decorrentes da covid-19, em 657 (18,3%) cidades houve acréscimo, em 716 (19,9%) foi registrada queda e em 1.611 (44,9%) a situação ficou estável. Outras 607 não responderam a pesquisa.

Do universo de prefeituras consultadas, 2.355 (65,9%) disseram estar mantendo alguma forma de fechamento ou restrição de horário das atividades não essenciais. Outras 624 (17,5%) responderam não ter lançado mão de restrições durante a pandemia. 

Vacinas

Entre as cidades que participaram do levantamento, 563 (15,7%) disseram ter ficado sem a primeira ou a segunda dose da vacina contra a covid-19 nesta semana. Do total, 2.406 (67%) manifestaram não ter passado por essa situação.

Das cidades que não receberam imunizante, 409 (72,6%) ficaram sem a 1ª dose e 244 (43,3%) ficaram sem a 2ª dose. Nos municípios nesta última situação, 220 (90,2%) não receberam a CoronVac e 53 (21,7%) o imunizante Oxford/AstraZeneca.  

Considerando a nova orientação do Ministério da Saúde para avançar na vacinação de pessoas com menos de 60 anos de idade, 1.209 (50%) cidades afirmaram que vão iniciar a imunização dessas faixas etárias ainda nesta semana. Outras 1.187 (49,1%) não adiantarão a vacinação para essa faixa etária.

Ainda conforme o levantamento, 2.669 (74,3%) municípios relataram ter recebido remessas da vacina da Pfizer. Outros 673 (18,7%) informaram que não tiveram acesso ao imunizante nesta semana.

O levantamento mostra ainda que 2.891 (79,1%) prefeituras informaram ter iniciado a vacinação de pessoas com menos de 60 anos de idade, enquanto 538 (15%) ainda não chegaram nesse patamar. Das que já começaram, a maior parte, 1.127 (39,7%), está na faixa etária de 50 a 55 anos de idade.  

Insumos

O risco de desabastecimento de medicamentos do chamado kit intubação foi manifestado por 606 cidades, o equivalente a 16,9% das consultadas. O nome é dado a remédios usados no uso de suporte ventilatório de pacientes com covid-19, como anestésicos e neurobloqueadores.

Já quanto ao oxigênio empregado no suporte ventilatório de pacientes, 291 cidades indicaram o risco de desabastecimento, o correspondente a 8,1% das entrevistadas. Outras 2.598 negaram preocupação com a falta de oxigênio, ou 72,3%.

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Bolsonaro inaugura 102 km de asfalto em trecho da Transamazônica

O presidente Jair Bolsonaro cumpriu agenda nesta sexta-feira (18) no Pará, onde participou da entrega de títulos rurais e da inauguração de um trecho asfaltado da rodovia BR-230, a Transamazônica.

Na primeira atividade, em Marabá, região central do estado, foi feita a entrega simbólica de 50.162 títulos definitivos e provisórios de propriedade de terra. A maior parte dos títulos (47.234) tem como beneficiários famílias assentadas da reforma agrária. Outros 2.924 títulos foram entregues a ocupantes de glebas públicas federais. A entrega foi simbólica e corresponde ao total de títulos emitidos nos últimos dois anos.

“Essas pessoas, agora, perfazendo um total de 50 mil aqui no estado, têm um pedaço de terra para dizer que é seu e de sua família”, afirmou o presidente, em  discurso. O presidente defendeu o direito de propriedade, chamando de “sagrado”. 

Transamazônica

Após o evento em Marabá, Bolsonaro se deslocou para o município de Novo Repartimento, a pouco mais de 180 km ao norte. O município é cortado pela Rodovia Transamazônica (BR-230) entre os rios Tocantins e Xingu. O trecho asfaltado tem 102 quilômetros de extensão e liga Novo Repartimento a Itupiranga.

A cerimônia também marcou a assinatura da ordem de serviço para construção da ponte sobre o Rio Xingu. Atualmente, a transposição do rio pela Transamazônica é feita por meio de balsa. De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, a previsão é que a obra comece no ano que vem.

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Olimpíada sem público é opção “menos arriscada”, dizem especialistas

Especialistas médicos do Japão disseram nesta sexta-feira (18) que proibir espectadores na Olimpíada é a opção menos arriscada para se realizar os Jogos, apesar de parecerem resignados com a possibilidade da presença de torcedores nos locais de competição em plena pandemia de covid-19.

Há meses o governo e os organizadores da Tóquio 2020 postergam uma decisão sobre a permissão para espectadores locais – os torcedores estrangeiros já estão proibidos -, sublinhando seu desejo de salvar o evento em meio a uma oposição pública profunda.

O Japão tem evitado o tipo de surtos de coronavírus explosivos que abalaram muitos outros países, mas a distribuição de vacinas está lenta e o sistema médico está no limite em partes do país.

A insistência do governo em sediar os Jogos é criticada por hospitais e por sindicatos de médicos.

“Existe um risco de a movimentação das pessoas e as oportunidades de interagir durante a Olimpíada disseminarem infecções e pressionarem o sistema médico”, disseram os especialistas, liderados pelo principal conselheiro de saúde, Shigeru Omi, em um relatório divulgado nesta sexta-feira (18).

Eles disseram que realizar os Jogos sem espectadores é a opção “menos arriscada” e a desejável.

Mas os especialistas de Omi já aventam a possibilidade de os locais de competição receberem até 10 mil torcedores em áreas nas quais medidas de “quase-emergência”, como horários reduzidos de funcionamento de restaurantes, foram suspensas – o que aumentou a percepção de que a Olimpíada pode muito bem acontecer com público.

A decisão final é esperada após uma reunião entre organizadores, como a Tóquio 2020 e o Comitê Olímpico Internacional (COI), e representantes dos governos nacional e de Tóquio marcada para segunda-feira (21).

A presidente da Tóquio 2020, Seiko Hashimoto, disse que, embora admita que a Olimpíada seria mais segura sem espectadores, os organizadores continuam procurando maneiras de receber torcedores com segurança nos locais de competição, assim como em outros eventos.

“Dado que outros eventos esportivos estão sendo realizados com espectadores, acho que também é trabalho da Tóquio 2020 continuar procurando maneiras de entender e diminuir os riscos de infecções na Olimpíada até termos esgotado todas as possibilidades”, disse ela em uma coletiva de imprensa após a divulgação do relatório de Omi.

Os Jogos foram adiados no ano passado por causa da pandemia. Um cancelamento definitivo custaria caro aos organizadores, ao governo de Tóquio, a patrocinadores e seguradoras.

* Reportagem adicional de Antoni Slodkowski

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Pia convoca seleção feminina para Tóquio apostando em time experiente

A técnica Pia Sundhage convocou nesta sexta-feira (18) a seleção brasileira feminina de futebol para a Olimpíada de Tóquio (Japão). A equipe viaja para Portland (Estados Unidos) no próximo dia 25, onde passará três semanas em treinamento antes do embarque para a cidade japonesa de Rifu, palco da estreia nos Jogos, diante da China, dia 21 de julho, no estádio Miyagi.

A lista com 18 jogadoras possui 11 remanescentes do grupo da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016: a goleira Bárbara, as zagueiras Rafaelle, Érika, Bruna Benites e Poliana, a lateral Tamires, a volante Formiga, as meias Andressinha e Marta e as atacantes Bia Zaneratto e Debinha (chamada como meia). A goleira Letícia Izidoro, a lateral Jucinara, a meia Júlia Bianchi e as atacantes Adriana, Duda (ambas convocadas como meias), Geyse e Ludmilla disputarão os Jogos pela primeira vez.

A técnica também chamou quatro atletas suplentes: a goleira Aline Reis, a lateral Letícia Santos, a meia Andressa Alves e a atacante Giovana Queiroz. Delas, Aline e Andressa estiveram na Rio 2016.

“Foram 18 jogos necessários para chegarmos aqui. Deparei-me com muitas excelentes jogadoras brasileiras. É importante dizer que todas fizeram a diferença. Estamos preparadas para fazer o nosso melhor. A experiência será única e espero que todos sintam que vai dar certo”, disse Pia, em entrevista coletiva.

A convocação confirmou a presença da experiente Formiga, de 43 anos, na sétima Olimpíada da carreira. Marta, de 35 anos, disputará os Jogos pela quinta vez. Por sua vez, a atacante Cristiane, de 36 anos e maior artilheira do torneio olímpico de futebol (entre homens e mulheres) com 14 gols, ficou fora. Seria, também, a quinta participação da centroavante no evento.

“A Cristiane jogou diversas partidas com a seleção, fez muita diferença e é importante. Anteriormente, ela ajudou muito a equipe e hoje acredito que haja outras jogadoras que podem ajudar. Nós examinamos de perto os jogos em que ela atuou recentemente pelo clube [Santos] e temos jogadoras que também farão muito bem [em Tóquio]”, justificou a técnica.

Formiga, seleção Feminina brasleira - futebol 
Formiga se despede dos gramados na Final do Torneio Internacional de Manaus - 2016
Formiga, seleção Feminina brasleira - futebol 
Formiga se despede dos gramados na Final do Torneio Internacional de Manaus - 2016

A meia Formiga, atualmente no São Paulo, disputará a sétima Olimpíada da carreira.  – Lucas Figueiredo/CBF/Direitos Reservados

Pia assumiu a seleção em 2019. A estreia foi em 29 de agosto, na goleada por 5 a 0 sobre a Argentina, no Pacaembu, em São Paulo. Em 18 jogos, são 11 vitórias, cinco empates e duas derrotas, com 49 gols marcados e oito sofridos. A sueca realizou 12 convocações e chamou 73 jogadoras diferentes.

Devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), quatro das convocações foram somente para treinamentos: dois na Granja Comary, em Teresópolis (RJ); um em Portimão (Portugal) e um em Viamão (RS). Este último foi o único fora da data Fifa, período destinado a jogos entre seleções.

“Todas as convocações, muito embora não tenhamos jogado [em algumas], foram cruciais. Tentamos fazer com que [os treinamentos] se parecessem com um jogo real. É diferente você estar em campo, escutar o hino nacional e jogar, se comparado a um treino. Mas tentamos fazer o melhor e falar sobre situações específicas de jogo. Acho que os dias que teremos pela frente tornarão as coisas ainda melhores. Estou contente com as possibilidades que tivemos”, destacou Pia.

O Brasil está no Grupo F do torneio olímpico, ao lado de China, Zâmbia e Países Baixos. Após a estreia contra as asiáticas, as brasileiras encaram as europeias no dia 24, outra vez em Rifu. Três dias depois, duelam com as africanas na cidade de Saitama. As duas equipes mais bem colocadas avançam às quartas de final. Outra possibilidade de classificação é encerrar a primeira fase como um dos dois melhores terceiros colocados.

“Nas quartas de final, qualquer coisa pode acontecer. Os Estados Unidos [bicampeões olímpicos] têm um bom histórico e há seleções como Países Baixos ou Suécia. Acho importante estarmos preparados para enfrentar qualquer adversário. Ninguém é imparável. Temos dois observadores que estão fazendo um ótimo trabalho para sabermos tudo sobre os rivais. Não importa contra quem jogarmos, estaremos prontas. Acredito sim, que temos chances e preparadas para o próximo passo”, concluiu a técnica.

Convocadas

Goleiras: Bárbara (Avaí/Kindermann) e Letícia Izidoro (Benfica, de Portugal)

Defensoras: Tamires, Erika, Poliana (todas Corinthians), Bruna Benites (Internacional), Rafaelle (Palmeiras) e Jucinara (Levante, da Espanha)

Meias: Marta (Orlando Pride, dos EUA), Debinha (North Carolina Courage, dos EUA), Adriana, Andressinha (ambas Corinthians), Julia Bianchi (Palmeiras), Duda e Formiga (ambas São Paulo)

Atacantes: Ludmilla (Atlético de Madri, da Espanha), Bia Zaneratto (Palmeiras), Geyse (Madrid CFF, da Espanha)

Suplentes: Aline Reis (Tenerife, da Espanha), Letícia Santos (Eintracht Frankfurt, da Alemanha), Andressa Alves (Roma, da Itália) e Giovana Queiroz (Barcelona, da Espanha)

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Karina Bacchi explica por que se arrepende de ter posado nua

A modelo e apresentadora Karina Bacchi revelou nas redes sociais que se arrende de ter posado nua. A artista foi capa da revista Playboy, em 2006. Em um vídeo divulgado no Instagram nesta sexta-feira, 18, ela explicou que sua mente mudou após ela se aproximar de Deus. “Eu me arrependo e muito [de ter posado nua]. É um dos meus maiores arrependimentos. Isso não é de hoje, só porque eu conheço a palavra de Deus mais de perto, mas hoje eu me arrependo ainda mais porque isso desagrada a Deus”,…

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