Avanços na medicina otimizam diagnósticos e tratamentos, prometendo resultados efetivos e mais velozes. Os avanços tecnológicos vêm ditando tendências e se instalando como um elemento indispensável em todos os setores de atuação.
Na medicina, se mostra uma ferramenta de necessidade vital. Máquinas e técnicas inteligentes se unem à engenharia de informações para realizar diversas atividades que se destacam pela eficiência e velocidade em relação ao tratamento de pacientes.
Até mesmo a inteligência artificial e Big Data são introduzidas nas ações de saúde.
A pauta ganha ainda mais destaque quando considerada a crise mundial causada pela pandemia de coronavírus.
A utilização de respiradouros ou pulmões artificiais em infectados pela covid-19 e a própria criação de vacinas em tempo recorde devido a indispensabilidade de imunizantes, são provas da importância da tecnologia para a saúde.
Confira abaixo os 9 procedimentos médicos mais modernos da atualidade que agem para dar suporte ao setor médico e salvar vidas.
1. Telemedicina
A telemedicina engloba qualquer prática médica feita remotamente. Começou nos anos 1950 para que hospitais e universidades pudessem trocar informações por telefone.
Hoje, obviamente, funciona com a ajuda das conexões de internet e têm sistemas sofisticados de armazenamento de dados.
A técnica já vinha ganhando espaço nos últimos tempos por causa da popularização da comunicação e prestação de serviços digitais, mas a pandemia aumentou ainda mais a demanda.
Práticas de telemedicina serviram para auxiliar os complexos físicos de saúde e ampliar os atendimentos de pacientes com insuficiência respiratória, um dos principais sintomas da covid-19.
O Projeto de Lei nº 696/202, que permite o uso de telemedicina durante a declaração de emergência pública do coronavírus, foi aprovado pelo Congresso Nacional e encaminhado para sanção presidencial.
O atendimento remoto também serviu para o tratamento de especialidades que não envolvem a covid-19. Isso se difundiu devido às medidas de distanciamento, possibilitando atendimentos eficazes com o devido cuidado necessário.
2. Impressão 3D de órgãos
Ao invés de tintas convencionais, a impressão 3D de órgãos usa biotintas que são compostas por células, proteínas e outros constituintes biológicos, além de hidrogéis que já eram usados para a produção de lentes de contato.
Esta tática ainda está sendo trabalhada cautelosamente por cientistas, mas a criação de alguns órgãos artificiais, como rins e pâncreas, já estão em andamento.
Segundo especialistas em engenharia biomédica, é esperado que a impressão 3D possa salvar vidas que são perdidas devido às longas filas de espera para o transplante de órgãos.
3. Próton Terapia
A aplicação de tratamentos com prótons é um dos resultados mais importantes em relação ao combate ao câncer.
Atualmente, utiliza-se radioterapia em pacientes diagnosticados com os mais variados tipos de câncer, mas esta prática é agressiva e pode atingir tecidos saudáveis que, possivelmente, podem desenvolver tumores em um segundo momento.
Terapias com prótons são consideradas mais eficientes por apresentar resultados justamente opostos aos da radioterapia.
4. Robôs cirurgiões
Robôs já são capazes de realizar cirurgias de alta complexidade e cortes menores, o que proporciona uma recuperação mais rápida.
As estruturas robóticas são comandadas por médicos especialistas e agem no corpo com o auxílio de câmeras que permitem a visualização do procedimento e rotação em 360º.
No Brasil, há robôs ativos nos hospitais Albert Einstein, Nove de Julho e em algumas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
5. Inteligência artificial
O armazenamento de informações em nuvem é o principal papel da inteligência artificial na medicina. Dados de pacientes podem ser consultados por profissionais da saúde em tempo real.
Isso também ajuda a coletar e combinar referências do histórico de indivíduos para que seja possível diagnosticar e até mesmo antecipar o aparecimento de possíveis doenças.
Estimulando um tratamento mais rápido, o que no universo da medicina, é uma questão literal de vida ou morte.
6. Dispositivos digitais
Gadgets que monitoram a saúde não são desconhecidos. Medidores de pressão e glicemia são bastante populares e podem ser encontrados facilmente em farmácias. Já o Apple Watch, relógio inteligente da Apple, vem com funções voltadas ao bem-estar.
É este último que vem despertando a curiosidade da comunidade médica.
Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com 419 mil usuários da funcionalidade de saúde do Apple Watch, 0,5% dos entrevistados foram notificados que seus batimentos cardíacos estavam irregulares.
Destes, 450 procuraram suporte médico e 153 receberam o diagnóstico de fibrilação atrial.
A pretensão dos desenvolvedores é que a sensibilidade dos aparelhos seja cada vez mais aprimorada conforme o lançamento de novos modelos, prometendo o suporte de um potencial aliado na detecção de distúrbios cardíacos.
7. IoT
A chamada “Internet of Things”, ou Internet das Coisas, em tradução literal, é a conexão de objetos do dia a dia com a internet de maneira autônoma e contínua.
No campo médico, atua no monitoramento de pacientes, com atenção especial a portadores de condições crônicas.
A IoT médica apresenta diversos benefícios, como:
Registro autônomo de informações
Compartilhamento de dados
Armazenamento em nuvem
Histórico médico mais completo
Diagnósticos mais rápidos e assertivos
Maiores chances de ações preventivas
8. Realidade aumentada
A realidade aumentada é tudo aquilo que integra elementos ou informações virtuais do mundo real por meio de uma câmera e com a utilização de sensores de movimento – como giroscópio e acelerômetro. Diversos jogos de videogame, por exemplo, usam essa tecnologia.
A medicina tem aparelhos como tomógrafos intraoperatórios de alta resolução que captam imagens feitas durante uma cirurgia e que são automaticamente transferidas para um neuronavegador.
Isso permite a correlação entre as imagens obtidas e a realidade do paciente através de um sistema complexo e computadorizado de processamento em ambiente virtual, projetando, com precisão, as estruturas e lesões que devem ser tratadas no espaço visual do profissional.
9. Balão gástrico
Uma simples esfera de silicone que é posicionada dentro do estômago do paciente e, quando cheia, pode ocupar até metade da cavidade estomacal. Isso aumenta a percepção de saciedade e controla a fome, o que promove a perda de peso.
Não deve ser confundido, no entanto, com a bariátrica, que utiliza de cirurgias e técnicas mais delicadas.
As versões ajustáveis do balão gástrico podem aumentar ou diminuir de tamanho de acordo com as necessidades de cada pessoa, prevenindo a recuperação de peso ou desconfortos e garantindo maiores chances de resultados mais duradouros.
A tecnologia também se destaca na inserção, feito em procedimento ambulatorial não invasivo que dura pouco mais de 15 minutos, sem nenhum tipo de incisão ou internação. É rápido, simples e indolor, assim como sua recuperação.
Texto por: Dalton Ribeiro (Link Builder)